O “risco” que virou vitória: Campus de Quixadá comemora 10 anos

Escrito em: 19 de setembro de 2017 | Atualizado em: 19 de setembro de 2017

A instalação de um campus no Sertão Central cearense, algo que era enxergado por críticos como “um risco”, hoje é vista como uma das grandes conquistas da Universidade Federal do Ceará. O Campus de Quixadá completou, nessa segunda-feira (18), 10 anos de existência, dando início a uma programação comemorativa que se estenderá até 2018.

Uma das mais reconhecidas pesquisadoras em Computação no Brasil, a Profª Clarisse Sieckenius, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), foi a convidada de abertura dos festejos.

Ela é uma das fundadoras da área de estudos em interação humano-computador, o que atraiu dezenas de estudantes e professores dos cursos do campus, todos da área tecnológica, para sua palestra sobre “Computação em primeira pessoa”.

As transformações do espaço-tempo na era da informática, a “protocolização” das relações sociais, as interações entre produtores e consumidores de tecnologia e a questão da subjetividade na computação estiveram entre os temas abordados na palestra.

A professora disse, ainda, que “não poderia estar mais feliz” por testemunhar o crescimento do campus e, sobretudo, ver de perto histórias de superação e emancipação humana através da educação.

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NOVA MARCA – Durante o evento, foi apresentada a marca comemorativa dos 10 anos do campus. Desenvolvida pela Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC, com trabalho dos designers Norton Falcão e Paulo Jales, a marca apresenta vários cenários de experiências da comunidade acadêmica, refletindo a sintonia entre a cidade de Quixadá e o campus.

A marca será utilizada ao longo dos próximos meses como forma de reforçar a identidade do campus dentro e fora da UFC, podendo ser aplicada em diversos tipos de materiais.

DEPOIMENTOS – A manhã dessa segunda-feira contou também com discursos emocionados do vice-reitor da UFC no exercício da reitoria, Prof. Custódio Almeida, e do diretor do Campus, Prof. Davi Romero.

“Foi uma década de muita luta, mas que hoje é comemorada com sorrisos. Eu, se fosse diretor deste campus, não estaria contendo as lágrimas. Em 2007, quando se discutia a ampliação do ensino superior, alguns achavam que expandir as universidades para o Interior seria um risco. Hoje, temos aqui um de nossos mais valiosos patrimônios”, lembra o Prof. Custódio.

O Vice-Reitor destacou para a plateia de professores e estudantes que, com a reconhecida qualidade dos cursos e as boas avaliações externas, as perspectivas para a comunidade discente são grandiosas. “Quantos de vocês poderão estudar depois daqui no Vale do Silício, se assim desejarem?”, encorajou, em alusão à região da Califórnia, nos Estados Unidos, onde estão situadas várias empresas de tecnologia.

O Prof. Davi Romero confirmou que, em regra, todos os estudantes formados no Campus de Quixadá conseguem se destacar, seja no mercado, seja na academia. “Não é algo pontual, de um ou dois casos. Temos alunos bem empregados, as pessoas sabem que o Campus de Quixadá existe, há um reconhecimento nacional”, reforçou.

Só no segundo semestre de 2016, seis egressos foram aprovados em cursos de pós-graduação em universidades do País. Em 2017, vários alunos se destacaram em eventos nacionais: seis equipes foram classificadas em competição nacional de computação e, além disso, Quixadá tem três dos seis finalistas da maior competição de interação humano-computador.

A partir de agora, até 2018, todos os dias 18 de cada mês terão programação especial em alusão aos 10 anos do campus. A segunda-feira de celebração teve continuidade com treinamento de defesa pessoal para mulheres, ação ambiental e a atividade “abraço ao campus”.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social e Marketing Institucional da UFC – fone: 85 3366 7331 via Portal da UFC

Fonte: Portal do Campus Quixadá

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